Hoje é o dia um de dezembro e, como já sabes, é um dia muito importante na cultura portuguesa, ao ponto se ser feriado em Portugal. Lembras-te que um feriado, em português, é um dia que não se trabalha, não te lembras? Claro que sim!
Então agora é importante que viajemos no tempo até 1580, o ano em que Portugal entrou numa crise dinástica, isto é, morreu o rei D. Sebastião e houve um grave problema de sucessão (vale a pena pesquisares a sua história, há muita bibliografia de qualidade), acabando por ser aclamado rei de Portugal um importante rei espanhol que, de certeza, conheces: D. Filipe II.
Os factos históricos mostram-nos que Filipe II de Espanha foi um rei com algum consenso no território português, pois uniu a coroa de Portugal à de Espanha e criou um império, de Oriente a Ocidente, que ficou conhecido como "o império onde o sol nunca se punha". No entanto, esse não foi o factor mais importante para a sua aclamação nas Cortes de Tomar, foram sim os compromissos que o monarca espanhol assumiu com os portugueses que, basicamente, podemos resumir em três:
1- D. Filipe II comprometeu-se em manter o comércio de produtos oriundos da Índia e do Brasil controlado por portugueses;
2- Garantiu que se manteria a moeda, a língua e os costumes portugueses;
3- Manteve a aristocracia portuguesa à frente dos principais cargos de Portugal.
Mas o compromisso de D. Filipe II, que iniciou a chamada Dinastia Filipina (1580-1640), não foi mantido pelos seus sucessores, D. Filipe III e D. Filipe IV, que, a par de guerras constantes com França, Inglaterra e Holanda, não conseguiram honrar os compromissos com Portugal, aumentando muitíssimo as exigências e impostos aos portugueses e estes iniciaram a revolta para recuperar a independência do país no dia 1 de dezembro de 1640.
Para saberes mais sobre o que aconteceu, lê o seguinte texto sobre a "Restauração da Independência de Portugal":
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